17.4.13

Tese: o progresso



0-- -- -- -- --|-- -- -- -- --100

A tese tem um limite de 100 páginas (sem contar os capítulos do género índice e os anexos) e por isso estou oficalmente a meio do caminho.
Mas porque é que a senhora aqui em cima (que by the way vem direitinha de um grande filme Bridesmaids) tem o ar que apresenta?
Porque estas 50 páginas são, apenas, dos quatro capítulos introdutórios e teóricos... Ou seja, prevejo aqui cortes grande quase à laia de Victor Gaspar...
Mais que uma fala barato parece que sou uma escreve barato...   

The Wednesday Breakdown




Quer-se sentar? Tome lá duas mãozinhas!

16.4.13



Depois de 12 horas com as mãos na tese é tempo de relaxar com um novo livro. 
O título? Les liaisons dangereuses, assim em francês para dar um ar mais taradão. 
Se é para descansar a mente é para a sério.

15.4.13

Eu sei que aqui o cantinho anda a meio gás



E não é por falta de assunto é por falta de tempo. O que me custa mais é não visitar os blogs de que gosto... Mas é por uma boa (e económica razão). 

A TESE

Finalmente sai-me do cérebro como mel para a boca dos ursos. Por isso é aproveitar enquanto ando inspirada porque deixei de trabalhar para estar aqui a escrevê-la. Neste caso o tempo é mesmo dinheiro.

Por isso façam figas para que termine com isto rápido que mais cedo volto a estar 100% aqui e nos vossos cantos.

Bisou

P.s. Obviamente que ainda encontro umas migalhas de tempo para ir ao IndieLisboa... :)

Por vezes os comentários no you tube merecem menção



"This is an amazing song *_* I imagine,that a woman whould die because of happyness,if a man whould sing this to her"

14.4.13


O que é que se passa com a Clarice Lispector? Sei que há uma exposição interessante na Gulbenkian mas duvido que toda a gente do meu Facebook lá tenha ido...

Lili de onde vem o teu requintado gosto musical?




A jardinar



(ou mais concretamente a mudar um jacinto de um vaso pequeno para um maior. Um grande passo na vida da Lili que não faz nada relacionado com plantas desde que colocou o feijão no algodão dentro do frasco de iogurte. E cujo feijão foi mágicamente, como assiste a qualquer feijão, parar ao seu nariz.)

12.4.13

Minds Colide


Andy Warhol and Salvador Dali

"I love Los Angeles. I love Hollywood. They're beautiful. Everybody's plastic, but I love plastic. I want to be plastic."
Andy Warhol 

Levaram-me para o Incógnito e já estava pelo chão...



Isto de apenas assentar em casa uma ou duas vezes por ano dá em saídas irrecusáveis!

10.4.13

The Wednesday Breakdown





Loja do Cidadão
Cena 1 - Lili a ler um calhamaço de 400 pgs (já a antever a demora). Senhor (cinquentas, barba rala, ténis brancos e unha do tamanho de um pau de incenso) na sala de espera para uma velhota:
- Mas a senhora paga a conta da água com um mês de atraso? Eu é sempre dois dias antes do corte. Olhe no outro mês deu para ir passear a Abrantes com o que ganhei no atraso.

Cena 2 - Lili a ler encostada à parede no sítio da Seg. Social onde chegou às 8 da manhã. São 13h. Senhoras a falar sentadas na sala de espera.
Senhora 1 - Olha lá vem outra. Prioritária!
Senhora 2 - Puff. Como se estar grávida fosse doença.
Senhora 1 - No meu tempo só se dava passagem quando se queria. Isto da prioridade nem deve ser legal.
Senhora 2- Era vir de manhã e ficar aí em pé como os outros todos. Para ganhar há que penar.

Cheguei a casa, literalmente, com azia desta gente. Ainda existe quem não perceba como se chegou onde se está!

9.4.13






As coisas melhores são feitas no ar,
andar nas nuvens, devanear,
voar, sonhar, falar no ar,
fazer castelos no ar
e ir lá para dentro morar
... ou então estar em qualquer sítio só a estar,

a respiração a respirar,
o coração a pulsar,
o sangue a sangrar,
a imaginação a imaginar,
os olhos a olhar
(embora sem ver),
e ficar muito quietinho a ser,
os tecidos a tecer,
os cabelos a crescer.
E isto tudo a saber
que isto tudo está a acontecer!
As coisas melhores são de ar
só é preciso abrir os olhos e olhar,
basta respirar.


MANUEL ANTÓNIO PINA, in O PÁSSARO DA CABEÇA (Quasi Ed., 2006)

Só para aqueles que viveram Coimbra


AQUI!

O cúmulo da não produtividade




Sair de casa às 14H, chegar pelas 19H. Pelo meio comprei um cachorro-quente e uma planta a 99 cêntimos. A isto se chama "ir ali ao IKEA".

8.4.13



Porque hoje é o dia em que foi exumado o corpo de Neruda para determinar se terá sido assassinado em 1973 pela ditadura de Pinochet.

Lili de onde vem o teu requintado gosto musical?



You crazy women



A minha Lisboa é a tua Lisboa


Maravilhoso Sol de Inverno

"Já estava quase a chegar a São Pedro de Alcântara e resolveu meter pelo jardim. Disse de si para si que não havia luz como a de Lisboa, ao fim da tarde (...).
Visto do lado de cá, o Castelo de São Jorge, do outro lado, recortava-se em chapadas de ouro, banhado pela luz do poente, sobre massas compactas de verde, mais escuro aqui e ali, mais irregular a espreitar entre o casario neste e naquele ponto, entre as barbacâs e os telhados da baixa pombalina e alguma fachadas cor-de-rosa. Era o sky-line daquela zona de Lisboa, com a sua carga histórica, os seus declives íngremes, o seu casario irregular, mourisco, medieval, renascentista ou pombalino, a coexistência amena dos seus palácios e das suas casa humildes, os seus tufos intermitentes de vegetação, os seus terraços e miradouros, o céu cenário ao mesmo tempo majestoso e popular, em diálogo íntimo com o rio, com as outras colinas e com a baixa, com a própria luminosidade e os panos de sombra forte gerados nos contrastes da volumetria, até com os seus bandos de pombas e gaivotas, com todos os elementos naturalmente "orgânicos" que funcionavam em liberdade(...)"

Vasco Graça Moura in O Enigma de Zulmira

Primeiro dia de férias (ou em exclusivo dedicado à investigação)



Umas quantas postas de pescada pascais



Bem sei que a Páscoa já foi há uma  semana mas como toda a gente sabe se o Carnaval são três dias a Páscoa são três meses, contando com a quaresma e os dias até à Ascenção, razão pela qual este texto ainda faz todo o sentido.

- Numa manobra não tão inédita tivemos direito a uma ressurreição, em directo, na RTP. Com a bênção papal, que é como quem diz, do Dr. Mário Soares.

- Como se sabe o Universo pede equilíbrio e por isso, não podendo ter dois canalhas do pior com direito de antena ao mesmo tempo. Assim foi a vez do Relvas dar às de vila diogo antes que o governo seja acometido por uma desgraça pompeiana (fact). Pode ser que o Barroso lhe arranje um alto cargo para continuar a ofender todos os portugueses que, de facto, trabalham.

 - O Papa é fixe. Faz coisas fixes. Tem um ar querido. Acha que os gays podem casar porque o amor não escolhe sexo (discorda da adopção homosexual mas nestas coisas é melhor aproveitar quando a igreja dá uma mão e não ir logo a correr querer o braço).  No outro dia dei com os meus pais a chorar de emoção enquanto viam o senhor na Praça de São Pedro e eles não são assim tão fervorosos. Alguma coisa está a ser bem feita pelos lados da Santa Fé.

- O Constitucional chumbou. Única crítica? Se era para chumbar devia ter sido mais cedo e dar mais tempo ao governo para arranjar alternativas ao Orçamento. De resto...é a Constituição, estúpido. 

- Tivemos todos direito ao nosso Jesus. Eu que já tive uma paixoneta adolescente pelo Diogo Morgado nos tempo do Amo-te Teresa achei muito bem. Não só por poder puxar pelos galões da nacionalidade mas sobretudo - e para mim isso é a questão fundamental - por achar que a série é das que mais respeita os factos históricos bíblicos - a Bíblia é das melhores fontes históricas para algumas das épocas que relata - e também por esclarecer coisas que os padres não gostam de contar, como por exemplo, quem é, de onde veio e o que fez São Paulo. Acaba por ser um veículo privilegiado de ensino da história e origens da cultura do Ocidente. Acho que a SIC vai ficar sem o Dioguinho para fazer novelas...

- Confirmei que o Expresso tem os melhores, mais independentes e cultos comentadores/cronistas desta nacionalidade: Clara Ferreira Alves, José Tolentino Mendonça e Pedro Mexia. Um avé a quem nos faz pensar, reflectir e se for caso disso ir ver uma exposição, um filme ou tentar arranjar um certo livro que nos mencionam. 

5.4.13

Como é que sabemos que chegámos à zona suburbana de Lisboa?


De repente, quando procuramos automaticamente uma rádio no carro, salta-nos para os ouvidos uma qualquer música da RFM ou Comercial mas como se tivesse sido metida na máquina de lavar AKA Rádio Orbital.

4.4.13

A brasa à minha sardinha - Os outros (da arqueologia) - clicar no texto para ler tudinho


"Lembro-me de entrar na Faculdade, com os meus 18 anos, sem perceber realmente o que era Arqueologia , ou o que significava ser Arqueólogo. E assim continuei durante grande parte do primeiro semestre, a mergulhar neste tema e naquele, conforme as aulas e os apetites. Depressa comecei a perceber que não bastavam, nem de perto, as aulas e os apetites – necessitava de prática, ansiava por testar no mundo real o que ia aprendendo, se bem que essa prática na altura se limitava, e creio que se contínua a limitar, na maior parte dos casos, à participação voluntária (e nunca obrigatória) dos alunos em escavações no Verão. Procurei professores, e fui bem recebida. A minha primeira escavação iniciou a minha história de amor com a Arqueologia – percebi que estava a caminhar na direcção certa, e por mais que custasse levantar cedo e passar o dia ao sol, por mais cansada que estivesse ao final do dia, na verdade não custava nada, porque estava apaixonada pelo que estava a fazer, e a construir.


 
Porque é importante AMAR o que se faz. Gostar não chega. Isto é como correr a maratona, há que lutar muito, por vezes cair, querer desistir, achar forças para continuar e, se for caso disso, ter a coragem de dizer que "não é para mim". 

Daqui, um blog a seguir.
 
 

E se um dia alguém lhe cantar a palavra "farrapo" ao ouvido?


Meditação do volante



Estava eu a conduzir numa das mais importantes e caóticas avenidas de Coimbra quando me me dei conta de que em cada prédio havia pelo menos um cabeleireiro. Deambulações de condutor. Não faço ideia de quem é que vai a tantos cabeleireiros ou se, existindo tanta oferta, eles tem clientes de todo. No entanto isso já não era importante porque parei num sinal e já tinha mudado de pensamento. Pareceu-me que o governo perdia uma oportunidade em não usar as cabeleireiras porque não só elas nos fazem uma literal lavagem à cabeça, como nos convencem que os penteados com que saímos do seu estabelecimento são os que melhor nos favorecem e aqueles que devíamos exibir sempre. E lá vamos nós para casa com um a disposição de quem sai do psicólogo. Um bocadinho como o menino das pipocas. 
O pior é que depois da minha visita anual ao hair stylist chego a casa e é passar a cabeça por água para ver se a coisa fica com um ar mais digno.

Sinal verde. Fim da divagação.

A música de hoje é um hino



de e a um dos melhores e mais inspiradores filmes que vi nos últimos tempos. Depois deste Bestas do Sul Selvagem, do Silver Linings Playbook e do Django Libertado que já tinha visto antes dos óscares começo a pensar que os óscares são, de facto, uma grande palhaçada.

Vejam, vejam se ainda não o fizerem. E o Silver Linings Playbook também que é mais do que um filme de elenco. Muito bem construído, com as manias e taras de cada um. Não há como não nos identificarmos com aquela gente.



Postcards from London



Desta vez, directamente do subsolo de Londres, uma fossa pós-medieval construída com cornos de vários animais. Podia ser local de um qualquer ritual (e os arqueólogos adoram locais rituais), com interpretações à canal História, mas é apenas um buraco onde colocavam os detritos. Os cornos foram usados porque os outros materiais de construção eram escassos sendo estes, em particular, rejeitados da manufactura de peças requintadas por apresentarem defeito.

'The pit consists of a cylindrical void with a perimeter structure built with animal horns as a cheaper alternative to bricks. The horn cores were inter-woven to offer a degree stability to the structure, and the pit was then used for the disposal of domestic waste. The horn cores were derived from long horn cattle and represent the residual waste from t...he local ‘horning’ industry. ‘Horners’ were skilled craftsmen who worked horn from cattle to create a range of artifacts from drinking vessels to buttons, and from panels in lanterns (when sliced very thinly) to tool handles'. Information and image via http://hearingshofar.blogspot.ie/2011/07/horn-core-pits-in-ancient-london.html)

Natureza em mudança



"Alchemy is a short film about transformation. In nature, everything is constantly changing: the earth, the sky, the stars, and all living things. Spring is followed by summer, fall and winter. Water turns into clouds, rain and ice. Over time, rivers are created, canyons carved, and mountains formed. All of these elements, mixed together, create the magic of nature's alchemy"

 (para ver o vídeo - impressionante por sinal  - clicar aqui)

2.4.13


 
"Life itself is the most wonderful fairy tale."
 
Hans Christian Andersen

nascido em 1805 no dia de hoje


Boca no trombone



QUEM VIU BEM MUDOU DE LADO
QUEM FOI MAL REPIOROU
QUEM TEM CÁ PROTECTORADO
NÃO FEZ FILA NEM PAGOU
QUEM TEVE AULA DE BANDIDO
LEVA AFAGO DE LUVA BRANCA
QUEM VIU CABRAS NA PASTAGEM
LHES CANTASSE A MODA FRANCA

1.4.13

Se o queres bem feito, faz tu mesmo



"Dying is the most embarrassing thing that can ever happen to you, because someone's got to take care of all your details."

Andy Warhol

Rotina pré-sono: pijama + chá + livro + banda sonora




Fim



Quando eu morrer batam em latas
Rompam aos saltos e aos pinotes
Façam estalar no ar chicotes
Chamem palhaços e acrobatas
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa
E eu quero por força ir de burro.

Mário de Sá Carneiro


É que nem vale a pena pensar. Eu que tenho sempre que deixar as ideias amadurecer antes de as aceitar fico completamente piurça quando me trocam as voltas depois de encaixar qualquer situação ou realidade.
Desta vez, e como aqui referi, era suposto que na quinta feira tivesse sido o meu ultimo dia no trabalho. Arrumei as ideias e as traquitanas (e são muitas já que não trabalho e vivo na mesma cidade), programei a minha primeira semana livre em dois anos (fianças, segurança social, médico, dentista, banco) e mentalizei-me para esta nova etapa. Eis quando, às 17h de quinta, me dizem que afinal ainda precisam de mim pelo menos mais uma semana... Fiquei como diz o outro "não sei se ria, não sei se chore"... Pois bem tive que adiar (pelo menos) uma semana os planos que já tinha feito e assumo que vou trabalhar esta semana um pouco dividida, trabalho é muito bom, fundamental e quatro dias de salário sempre é qualquer coisinha , mas que vão saber a tempo roubado ai isso vão.

Estamos assim, no tempo em que os "patrões" põem e dispõem dos trabalhadores. Qualquer dia trabalhados a soldo.


Dediquei-me finalmente a explorar o Coursera. Fiquei, à primeira vista, muito agradada e até já me inscrevi num curso - de tema tão rebuscado que não tem lugar aqui - a começar em Junho. Como ainda não tive aulas não posso opinar mais do que sobre a oferta e a facilidade de inscrição.
Ora entre vários cursos de todas as áreas possíveis e imaginárias pisquei o olho a um sobre a história do rock (dos inícios aos anos 60), um sobre poesia moderna e contemporânea nos EUA, outro sobre o Egipto e até um sobre os mitos da arqueologia que poderia usar para reciclar conhecimentos.
Depois de escolher um mais simples e que sei poder seguir com facilidade foi mais que simples o acto de inscrição e agora aguardo pacientemente (NOT) que me enviem mais informações e que o curso inicie. Como parte das aulas passa por dissecar alguns filmes vou dedicar-me a rever alguns e conhecer outros.

E sim...parece que ando cheia de tempo!...